Ambiental

Clima 2024-2025: retrospectiva e os próximos desafios no Direito Ambiental

País avançou em 2024 com novas leis ambientais e enfrentará neste ano o desafio de realizar a COP30 em Belém; confira as perspectivas para 2025

Diante dos eventos climáticos extremos que marcaram o último ano, as discussões sobre mudanças climáticas e o Direito Ambiental, tanto no Brasil quanto no cenário global, ganharam uma nova dimensão.

A equipe do KLA aprofunda a análise sobre como esses acontecimentos estão reconfigurando as principais tendências e os desafios ambientais para este ano, destacando a urgência de ações mais eficazes e integradas.

Em 2024, o Brasil enfrentou secas e enchentes, o que ressaltou a necessidade de medidas de adaptação e mitigação. O país avançou em sua legislação ambiental com a aprovação de diversas leis, como:

No cenário internacional, a COP29 foi um marco importante, com avanços na regulamentação do mercado de carbono e o lançamento de novas metas de financiamento climático. A União Europeia continuou a implementação do seu Green Deal, com regras que impactaram o comércio internacional.

Perspectivas para 2025

Em 2025, o Brasil sediará a COP30 em Belém, com foco na proteção da Amazônia e nas ações climáticas. Espera-se que o país apresente metas mais ambiciosas para reduzir o desmatamento e implemente políticas de adaptação e transição energética.

Globalmente, espera-se um aumento no foco da adaptação climática e maior engajamento do setor privado, com ênfase em:

  • Políticas Subnacionais: O desafio será transformar políticas internacionais e nacionais em ações concretas em nível subnacional, promovendo a transformação do uso da terra, a valoração econômica da preservação de florestas e biodiversidade, e investindo em bioeconomia e projetos sustentáveis.
  • Avanços na Ação Climática: Espera-se que os países apresentem NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) mais ambiciosas e detalhadas, com a implementação dessas metas sendo crucial para o progresso global.
  • Foco na Adaptação: A adaptação aos impactos das mudanças climáticas ganhando destaque, com ações para proteger comunidades vulneráveis e ecossistemas frágeis.
  • Transição Energética Acelerada: A transição para energias renováveis deve ser intensificada, com investimentos em tecnologias limpas e infraestrutura.
  • Desafios: O mundo enfrentará desafios como a lacuna de financiamento, a implementação das NDCs, a resistência política e a intensificação dos eventos climáticos extremos. Com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, perde-se potenciais recursos, mas abre-se a possibilidade de fortalecimento de outras lideranças, sendo esperado que vários estados americanos continuem com suas políticas de descarbonização.

Flávia Marcilio e José Davi Fidalgo

Flávia Marcilio atua há mais de 30 anos com Direito Ambiental, Sustentabilidade e Emergência Ambiental, com consultivo e judicial para todos os setores, com ênfase em projetos de Agronegócio, Investimentos Florestais, Mineração e Negócios Imobiliários.

José Davi Fidalgo tem experiência com Direito Ambiental e Imobiliário, atendendo indústrias, instituições financeiras e o agronegócio na obtenção de licenças, na estruturação de fundos imobiliários e em operações no Mercado de Carbono.

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