O advogado Augusto Simões, das áreas de Direito Bancário e Financeiro e de Mercado de Capitais do KLA, teve artigo publicado no portal JOTA em que propõe uma reflexão sobre os entraves do financiamento na cadeia da reciclagem e a urgência de colocar o catador no centro da economia circular.
Com base em discussões realizadas em uma Oficina de Modelagem Estratégica promovida pela Ancat e pela Fundação Banco do Brasil, Augusto Simões analisa propostas para viabilizar instrumentos financeiros sustentáveis voltados a cooperativas de catadores. Entre as soluções debatidas, estão a emissão de títulos vinculados a essas organizações, a estruturação de FIDCs e o uso de mecanismos de blended finance com participação de capital filantrópico, público e privado.
No artigo, o advogado também contrasta os avanços conquistados por startups do setor de gestão de resíduos, que já recebem investimentos e operam com tecnologias de logística reversa inteligente, com os desafios enfrentados pelas cooperativas, que ainda têm acesso restrito ao mercado de capitais. Para ele, é necessário romper com a lógica excludente que concentra recursos em grandes empresas e amplia a desigualdade entre os atores da economia circular.
Com um texto que combina análise técnica e referências culturais, ancestrais e mitológicas, Simões defende que o círculo virtuoso da reciclagem só ganhará tração quando os catadores conquistarem protagonismo e autonomia sobre os fluxos financeiros que movimentam o setor.
A metáfora do orixá Exu, figura que abre caminhos e promove trocas, é usada como símbolo desse potencial de transformação, numa perspectiva que une inclusão social, sustentabilidade e inovação financeira.
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